A dor, minha mais constante amiga,
Não me é estranha, mas familiar
Sem ela, estranho seria me equilibrar
No mundo, no amor, na vida.
A dor, me define, não me chateia
A dor é dócil e companheira
Sem ela me vejo desprotegida
O que seria de mim nesta vida?
A dor me define e me complementa
A dor, o meu âmago alimenta
De resignação, de humildade, de fé
Como o mar que oscila na maré.
Segue em paz e confiante, meu amigo,
Se me deixares, estarei de bem comigo,
Em familiar e excelente companhia,
Com a minha conhecida e eterna agonia.
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