domingo, 7 de dezembro de 2014

A um espectro

Quem é você que me compele a alma
a agir com tal insensatez?
É um amigo, oh! alma solitária?
Ou antigo amante que me quer tão bem?

Seja o quê for, respeite meu arbítrio
De, em outro leito, aspirar, do lírio,
O fino aroma, que enleva os sentidos
E, do amante, colher os gemidos.

Seja feliz, alma que amei, um dia,
Com dedicação extrema e tanta fantasia,
Para quem vivi, sem pesar a dor
De vê-lo martirizado a clamar por amor.

Nada do que lhe dei aplacou sua tristeza
Gerada dos destinos da humana natureza.
Pois vá agora, em busca de outra alma
Deixe-me amando em perfeita calma.







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