Recentemente, aprendi que paixão e amor são duas coisas completamente diferentes. Erroneamente, se diz "Amor à primeira vista", quando deveria ser "paixão à primeira vista". Para ser amor há que se ter mais substância no conhecimento entre o par. O amor não projeta qualidades e aceita os defeitos. A paixão é toda projeção do que você acredita que o outro seja, baseado em uma palavra, expressão, atitude, que encontram reflexo em você mesmo. A partir daí, a imaginação voa carregada pelo coração. Para haver amor, há que se tenha menos asas para voar e mais pés no chão para lidar com o que é real.
Por isso a paixão foi feita para o desapaixonar. Se neste processo, conseguimos ver o outro como ele é e, ainda assim, desejamos sua presença, temos carinho, afeição, tesão, é a paixão virando amor, como um casulo virando borboleta.
Uma vez compreendido isto, me pergunto: - Quantos amores eu tive? Respondo: - Nenhum de verdade, embora se a algumas paixões eu tivesse dado mais tempo, acho que se transformariam em borboletas.
O tempo é o nosso mais precioso bem e não temos como armazená-lo a não ser em nossas lembranças. Aproveite intensamente todos os momentos de sua vida, tristes ou alegres, pois cada instante é único e jamais voltará.
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