terça-feira, 3 de julho de 2007

Líderes políticos, religiosos ou carismáticos

Não me apontem um líder, porque não quero segui-lo! Não precisamos de líderes! Precisamos de pessoas sensatas que compartilhem suas idéias e experiências de forma que juntos possamos construir um mundo melhor. O líder se isola na sua própria percepção das coisas que, por ser unilateral, é forçosamente limitada. Precisamos voltar a filosofar como se fazia na Grécia Antiga. Temos que reservar mais tempo a pensar e a discutir estes pensamentos sobre a vida, o mundo e a humanidade! Só assim alcançaremos a melhor solução para todos os problemas que nos atormentam: a pobreza, a violência, a desigualdade, o desamor, a corrupção, a leviandade, a falta de ética, que assolam as sociedades e, por que não dizer, as próprias famílias, que nada mais são que as células que formam estas mesmas sociedades.

Raiva ou Ódio?

Raiva é o sentimento de frustração que sentimos quando nossos desejos não são satisfeitos. É a manifestação da eterna criança que há dentro de nós, esperneando e gritando para ter suas vontades atendidas. Agora... ódio é algo muito diferente disso. Ódio é um sentimento muito maior e mais profundo. Ódio é chumbo derretido que escorre da alma para o coração, onde se solidifica e fica pesando até que a vingança, seja pelas próprias mãos, seja pelo poder institucional ou por obra divina (ou da natureza), se encarregue de removê-lo. O ódio é gerado quando somos submetidos a uma dor imensa, física, moral ou psicológica, que consideramos totalmente injusta, e contra a qual estamos impotentes de nos defender. Exemplos disto? O escravo sob o grilhão do feitor, a vítima subjugada pelo seqüestrador, a criança maltratada pelo adulto que deveria zelar por ela, a mulher que apanha e cala diante do marido agressor, os excluídos perante a sociedade que os marginaliza...etc, etc. Cito aqui um exemplo recente de ódio e de remissão pela vingança. Ocorreu em uma delegacia de São Paulo e foi noticiada nos principais jornais do País. Uma mãe ao perceber que o estuprador de seu filhinho de três anos sairia ileso da acusação apesar de ter sido pego em flagrante, por ser réu primário e menor de idade, saltou sobre o ofensor e com uma faca, que premeditadamente levava na bolsa, cortou-lhe a garganta. Após o que, entregou calmamente os pulsos para serem algemados, dizendo: Este aí não faz com mais ninguém o que fez com o meu bebê.