segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Poeminhas da madrugada de 16/08/2009

Idade...
Penso que tenho uns 200 anos,
Porque todas as minhas memórias
Certamente, não cabem
Em meio século de vida...

Eu e o Monstro
Temos que controlar
A fera que há em nós.
Esta é a preciosa missão
De nossas vidas.
Podemos levá-la a passear muitas vezes
Mas não podemos deixar jamais
Que ela nos arraste para fora da jaula.

O Vampiro
Eu fechei a janela
E coloquei alho
Ao redor da cama
Para que o Vampiro
Não pudesse entrar
E, com sua boca ardente, sugar
todos os meus sonhos de amor.

Não basta (ou Opinião)
Não basta não querer o mal
Não basta não fazer o mal
É preciso agir
Para que o Bem se propague
E a Justiça vença.

Contraditório
Ser justo não é ser bom
Ser bom às vezes é ser mau
Ao fazer a injustiça
De tratar o mau com o Bem
Que o bom não recebe.

Vida
A vida existe
A despeito de nós,
A despeito de nossos desejos e sonhos.
Existe por si só.
Assim...
Totalmente desvinculada de nós.

Sem título
Não é possível
Que tenha que ser assim,
Até a última gota de álcool
Até o último cigarro
Até que todos os sonhos
Sejam desfeitos
Até que nos percamos
De nós mesmos...

sábado, 1 de agosto de 2009

Poetas que conheci e Poemas que recebi (Parte 2)

Soneto a uma menina (Antenor Luz)

Por trás do olhar, em teu rostinho existe
Uma pureza de poesia e canto
Há o Canto Triste, que de mim já ouviste
E há o canto alegre que abafou meu pranto.

Parece um sonho que a meu ver consiste
Em ver teus olhos, mas não sei me espanto
Nunca estás sós e meu olhar resiste
Ao desencanto de esperar-te tanto.

Virá um dia que minha canção
Vai te buscar pra te dizer sorrindo
Que estás nas cordas do meu violão

E o som que escutas sai assim tão lindo
Porque eu dedilho junto ao coração
Neste silêncio que nos vem unindo.

Poetas que conheci e Poemas que recebi (Parte 1)

3 Poemas de Luis Claudio Loureiro Valente (meu primeiro namorado - uma homenagem póstuma):

Voltar
Voltar depressa
Voltar pra quê?
Se nunca fui
Voltar um dia

Voltar pra sempre

Mas não há sempre
Quando há você
A volta igual
Amor igual
Amor sem o qua
l
Voltar é ir
Voltar depress
a
Voltar correndo
Ficar morrendo
Para voltar
Mas se voltar
É mais que ir
Só vou voltar
Se você vir

Tudo
Tudo acaba
Tudo passa
Você passa
Tudo volta
Tudo meu
Tudo seu
Tudo aquilo
Vira nada
Tudo nosso
Fica meu

Tudo simples
Tudo fácil
Tudo em névoa
Tudo louco
Tudo esqueço
Mas se esqueço
Tudo lembro
Tudo fica
Tudo grita
Tudo lembra
Um tudo que passou
Um tudo que volta
Para um tudo relembrar
Para um tudo recomeçar
E então tudo que
acabou com tudo
Vai passar
E o tudo que é tudo
Como tudo vai ficar

Fim
Fim de um tudo
Resta um nada
Fim de um dia
Outro vem
Fim de amor
Fim de paz
Fim enfim
Fim de mim,
Fim de que?
Fim por quê?
Fim sem fim
Só no fim.