sábado, 13 de dezembro de 2014

O ILUSÓRIO DO SER

Ser ilusório ou verdadeiro?
Mas não existe verdade
Existem fatos que sucumbem
À relatividade do Ser.

Existe vontade de aprender
De progredir, de crescer
Mas a vaidade vem
E nos embota a alma

Ludibriando a razão
E o fato vira detalhe
Não importa o quanto se fale
E no caos, vai-se a paixão.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Éramos Assim

Você me veio numa canção
Para me lembrar de seu infinito amor
Lágrimas sentidas de pura emoção
Rolaram por minha face sem pudor.

Éramos crianças descuidadas
De riso fácil, a brincar de amor
Prontas a amar e ser amadas
Sem saber da despedida, a dor.

Nada em nós tinha o ranço do passado
Que marca as almas indelevelmente
Tínhamos o frescor de corações ardentes
Que só cuidavam de se manter apaixonados.

domingo, 7 de dezembro de 2014

A dor de te ver partir

A dor, minha mais constante amiga,
Não me é estranha, mas familiar
Sem ela, estranho seria me equilibrar
No mundo, no amor, na vida.

A dor, me define, não me chateia
A dor é dócil e companheira
Sem ela me vejo desprotegida
O que seria de mim nesta vida?

A dor me define e me complementa
A dor, o meu âmago alimenta
De resignação, de humildade, de fé
Como o mar que oscila na maré.

Segue em paz e confiante, meu amigo,
Se me deixares, estarei de bem comigo,
Em familiar e excelente companhia,
Com a minha conhecida e eterna agonia.

A um espectro

Quem é você que me compele a alma
a agir com tal insensatez?
É um amigo, oh! alma solitária?
Ou antigo amante que me quer tão bem?

Seja o quê for, respeite meu arbítrio
De, em outro leito, aspirar, do lírio,
O fino aroma, que enleva os sentidos
E, do amante, colher os gemidos.

Seja feliz, alma que amei, um dia,
Com dedicação extrema e tanta fantasia,
Para quem vivi, sem pesar a dor
De vê-lo martirizado a clamar por amor.

Nada do que lhe dei aplacou sua tristeza
Gerada dos destinos da humana natureza.
Pois vá agora, em busca de outra alma
Deixe-me amando em perfeita calma.







sábado, 6 de dezembro de 2014

O tempo

Houve tempo que amei
Houve tempo que esperei
pelo amor não correspondido,
Com um pesar arrependido.

Houve tempo que exultei
o poder da liberdade,
De a ninguém pertencer
com medo da humana maldade.

Houve tempo que sofri
da maior atrocidade
No meu dorso eu senti
Do humano a crueldade.

Houve tempo que clamei
Dos céus a impunidade
Aos Seus pés eu me curvei
Em profunda humildade.

Houve tempo, e o tempo passou
Hoje, só existe saudade
De a ninguém pertencer
Com real veracidade.

Dor Perene

A dor que me fustiga a alma
A dor que me fustiga a mente
É uma dor mais do que perene
É uma dor que o Universo abala.

É a dor de promessas não cumpridas
É a síntese de muitos sonhos desfeitos
Arcabouço de amantes traídos
No desespero de se fazer presentes.

Esta dor que de mim já faz parte
Impregnada em cada célula do meu ser
Só pode ser por ti debelada
Se a mim, puder dedicar teu puro amor.

Amor e Dor ou Dor de Amor?

Dor da saudade
Dor da partida
Amor forjado
Nas agruras da vida.

Tê-lo é não tê-lo
É perdê-lo a todo instante.
É sentir o coração sangrando
Inevitavelmente

Que se vá então
Este amor pungente
Que só sofrimento
À existência me trouxe

Vá e não volte
Deixe-me só com a minha dor
Dor companheira e amiga
Que nunca me abandonou.